Um professor de artes marciais está sendo investigado pela Polícia Civil de Nova Ubiratã por suspeita de abuso sexual contra alunas adolescentes durante aulas de Jiu-Jitsu. A denúncia foi registrada no 1º Pelotão da Polícia Militar do município em 29/07, após relato feito por uma mãe.
Segundo o boletim de ocorrência, a menor teria confidenciado à genitora que vinha sendo tocada de forma inapropriada pelo professor, sob o pretexto de correções técnicas de posicionamento corporal. A vítima afirmou que os episódios se repetiram por vários dias e que permaneceu em silêncio por receio de represálias.
A mãe relatou ainda que outras três alunas teriam passado por situações semelhantes. Conversas mantidas entre o instrutor e as adolescentes por meio de redes sociais foram mencionadas e devem ser analisadas no decorrer da investigação.
O caso ganhou gravidade após o suspeito, conforme relatado, comparecer ao local de trabalho da mãe da vítima, pedindo que "deixassem a história entre eles". Posteriormente, ele teria feito ameaças, afirmando que um conhecido com antecedentes criminais poderia agredir a menor e deixá-la despida em frente à escola, caso a denúncia fosse levada adiante.
A guarnição da Polícia Militar, composta pelos soldados Leonan Santos e Afonso, localizou o suspeito e o conduziu à Delegacia Judiciária Civil de Nova Ubiratã, onde permaneceu à disposição da autoridade policial.
Os treinos eram realizados em um projeto de Jiu-Jitsu que utilizava, por meio de cessão voluntária, o espaço físico do Projeto ANJU. Em entrevista ao ImpactoMT, o fundador da instituição, Cyro Capistrano, esclareceu que o professor investigado não integra a equipe do projeto e que a iniciativa de artes marciais era independente.
“O espaço foi cedido por confiança, como apoio comunitário. O professor não fazia parte do corpo técnico da ANJU nem tinha vínculo institucional com a entidade”, declarou Capistrano. Segundo ele, o instrutor se apresentou como vindo de um projeto social ligado à Polícia Militar em Tapurah e não possuía antecedentes criminais conhecidos.
Após tomar conhecimento da denúncia, a direção da ANJU suspendeu imediatamente a cessão do espaço e comunicou-se com as autoridades. A instituição, que atua há mais de uma década com projetos esportivos e educacionais no município, afirmou estar à disposição da investigação.
O nome do suspeito não foi divulgado oficialmente. O caso segue sob apuração da Polícia Civil. Até o momento, não houve confirmação judicial das acusações.
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