Sorriso, no norte de Mato Grosso, voltou a aparecer entre as cidades mais violentas do Brasil, com uma das maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes. O levantamento mais recente da área de segurança pública coloca o município em posição de destaque negativo, acendendo o alerta entre autoridades e moradores.

Com pouco mais de 100 mil habitantes, Sorriso tem enfrentado um crescimento urbano acelerado, impulsionado pelo agronegócio e pela migração interna. No entanto, esse avanço econômico não veio acompanhado de investimentos proporcionais na área da segurança pública, o que tem facilitado o aumento dos índices de criminalidade.

Moradores relatam que pequenos furtos, assaltos e até mesmo homicídios têm se tornado cada vez mais comuns. Em algumas regiões da cidade, o medo é constante. Comerciantes dizem que não conseguem mais trabalhar com tranquilidade, e famílias evitam circular à noite, especialmente em bairros mais afastados.

Em resposta, a Prefeitura anunciou novas medidas para reforçar a segurança, entre elas a ampliação do videomonitoramento em pontos estratégicos da cidade, o aumento do efetivo da Guarda Municipal e convênios com o Estado para ações conjuntas com a Polícia Militar.

Além das ações diretas de policiamento, a gestão municipal também tem apostado em melhorias de infraestrutura para coibir o avanço da criminalidade. Ruas com pavimentação precária e baixa iluminação estão sendo mapeadas para receber obras emergenciais, e programas sociais devem ser ampliados.

Mesmo com essas iniciativas, parte da população ainda demonstra ceticismo. Muitos reclamam da demora em ver resultados práticos e da falta de presença policial em horários críticos. Há também cobrança por investigação mais ágil de crimes, já que muitos casos seguem sem solução.

A expectativa da Prefeitura é que os dados comecem a melhorar nos próximos meses, à medida que os projetos entrem em execução. Enquanto isso, Sorriso segue no centro do debate sobre segurança pública em Mato Grosso, enfrentando o desafio de equilibrar crescimento econômico com qualidade de vida e proteção para seus moradores.