25 de abril de 2025
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Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre caso de adolescente encontrada morta dentro de poço em Cuiabá

POLÍCIA
quinta, 24 de abril de 2025

A morte da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, encontrada com as mãos e pés amarrados dentro de um poço, no Bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, nessa terça-feira (22), causou comoção devido à crueldade. Nesta reportagem, o g1 reuniu tudo sobre o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o assassinato da adolescente. Veja abaixo:


Quem é a vítima?

Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, morava com a mãe, em Cuiabá, onde foi morta. Ela estudava em uma escola particular de ensino religioso da capital.

Quem são os suspeitos?

O padrasto de Heloysa, Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, e o filho dele, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, foram presos suspeitos de envolvimento no crime. Além do pai e filho, foram apreendidos dois adolescentes, de 16 e 17 anos, que teriam sido convidados por Gustavo para cometer o crime.


Benedito mantinha um relacionamento com a mãe de Heloysa. O casal vivia junto há cerca de quatro meses. Ele atuava como gerente de transportes da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).

Como o crime aconteceu?

De acordo com a Polícia Civil, o crime teve início no começo da noite de terça-feira (22), quando Benedito foi até a casa da namorada, acompanhado de Gustavo e dos outros dois adolescentes, que eram colegas de escola do filho dele.


Heloysa foi assassinada dentro da casa, antes da chegada da mãe e com o padrasto ainda presente no local. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a adolescente sofreu múltiplas lesões pelo corpo, mas a causa da morte foi asfixia por estrangulamento, com um cabo de celular (USB).


Após o crime, o padrasto saiu da casa para atender um chamado de trabalho. Algumas horas depois, a mãe da vítima chegou em casa acompanhada de uma amiga. Gustavo estava com o rosto coberto e, por isso, não foi reconhecido.


As duas mulheres foram levadas para um quarto e a mãe não viu que a filha já estava morta. A princípio, a família acreditava que se tratava de um roubo seguido de sequestro.


Os alvos dos criminosos

O delegado Guilherme Bertolli informou que a mãe também era alvo dos criminosos e que só não morreu porque chegou ao local tempo depois da invasão.


Os suspeitos mataram a adolescente e esconderam o corpo em um quarto. Em seguida, Benedito saiu da casa e, pouco depois, a mãe chegou e foi agredida com socos no rosto pelos adolescentes. A amiga dela foi quem pediu socorro e acionou a polícia.


"Os criminosos renderam a Heloysa, isso é unânime nas versões dos suspeitos, e a mãe demorou para chegar na residência. Ela chegou com uma amiga e um bebê de colo, os suspeitos partiram para agressão, ela não teve contato com a filha, que já estava morta, levaram ela para um quarto e conseguiram sair com o corpo da vítima", explicou.

Ainda segundo a polícia, a mãe viu os adolescentes levando Heloysa e, sem saber que a filha estava morta, acreditou se tratar de um roubo seguido de sequestro. Os suspeitos fugiram com o corpo da adolescente no carro da mãe dela.


Tentativa de enganar a polícia

Benedito retornou à casa e encontrou a mulher machucada. Ele a levou para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ela ficou sabendo da morte da filha, quando a polícia chegou no local.


Nas redes sociais, o padrasto chegou a publicar uma foto de Heloysa e pedia ajuda para encontrar a adolescente. A publicação foi feita às 21h05 e o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da jovem foi registrado pela mãe às 21h30, momentos antes do corpo ser encontrado.


Qual foi a motivação do crime?

Segundo o delegado responsável pelo caso, Guilherme Bertolli, vários fatores serão analisados e a motivação ainda está sendo investigada. O caso, no entanto, é tratado como feminicídio.


Para tentar esclarecer o crime, a mãe de Heloysa ainda será ouvida.


Como estão as investigações?

Segundo a polícia, o adolescente de 17 anos e o jovem de 18 anos confessaram o crime e estão colaborando com a investigação. Já o padrasto da vítima optou por ficar em silêncio.


O caso é investigado como feminicídio, roubo majorado e corrupção de menores.


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TEXTO: G1MT
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