A deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse ao blog que vai se apresentar às autoridades italianas quando o Ministério da Justiça (MJ) pedir sua extradição. O pedido ainda não foi feito porque, segundo a pasta, não houve comunicação formal do STF (Supremo Tribunal Federal). Quando houver, os trâmites devem ser concluídos, no máximo, de um dia para o outro.
Caso o pedido de extradição seja aceito, Zambelli disse ainda que vai pedir para cumprir pena na Itália. Segundo advogados consultados por ela e autoridades brasileiras, esse é um processo longo, que deve durar de seis meses a um ano e meio.
O primeiro passo é a o Ministério da Justiça elaborar o pedido e enviar ao Itamaraty para que ele comunique a Itália. Depois, a Itália julga o pedido em ao menos duas instâncias. Caso perca, Zambelli diz que recorrerá também à Corte de Cazacione, a última instância.
Segundo o blog apurou, o Brasil já teve conversas informais com o governo italiano, que sinalizou que deve acatar o pedido de extradição.
Bolsonaristas apostavam que a primeira-ministra Giorgia Meloni, liderança da extrema direita, pudesse rejeitar a solicitação. Pesou, segundo fontes ouvidas pelo blog, o fato de o processo já ter transitado em julgado e de não haver possibilidade de se alegar perseguição política, tendo em vista a concretude da invasão do sistema do CNJ.
Mesmo antes da análise do pedido, porém, autoridades brasileiras entendem que governo italiano já pode prender a deputada. Para isso, é suficiente a inclusão da parlamentar na lista da difusão vermelha da Interpol, que aconteceu na quinta-feira passada (5), após ela anunciar a saída do país. A expectativa é que ela aguarde o fim do processo já presa.
O acordo entre Brasil e Itália prevê um prazo de até 40 dias após a prisão para que seja formalizado o pedido de extradição. No caso de Zambelli, no entanto, a determinação veio na decisão de Moraes, por isso a solicitação será enviada antes.
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