Miguel Oliveira, o jovem conhecido nas redes sociais como “pastor mirim”, tornou-se o centro de uma controvérsia nacional ao ser proibido de continuar suas atividades religiosas públicas. Com apenas 15 anos, Miguel vinha ganhando notoriedade por pregações fervorosas e afirmações de curas milagrosas em cultos, incluindo supostas curas de câncer, leucemia e até surdez.
A medida foi anunciada após uma reunião entre o Conselho Tutelar de Carapicuíba (SP), os pais do garoto e o pastor responsável por sua formação, Marcinho Silva. O acordo determinou o afastamento imediato de Miguel dos púlpitos e das redes sociais, além de seu retorno obrigatório às aulas presenciais — já que ele estava estudando exclusivamente de forma online para manter sua agenda de viagens religiosas.
“O Miguel é uma criança em fase de desenvolvimento. Toda essa exposição e pressão podem comprometer não apenas sua educação formal, mas também seu bem-estar emocional”, afirmou um conselheiro tutelar que participou da decisão.
A decisão gerou reações divididas. Enquanto parte do público defende a liberdade religiosa do adolescente e vê um chamado divino em sua atuação, outra parte critica a exposição midiática e o possível uso indevido da fé para fins de espetáculo.
A polêmica ganhou ainda mais força quando circularam vídeos de Miguel rasgando papéis que seriam laudos médicos, declarando “cura” instantânea para doenças graves. Especialistas em saúde e educação infantil manifestaram preocupação com a narrativa apresentada nas gravações.
Já o pastor Marcinho Silva, em nota, reconheceu a necessidade do afastamento temporário. “Não é um castigo, mas um cuidado. Miguel ainda é um menino, e precisamos garantir que ele tenha uma infância saudável, além de formação adequada para o futuro”, declarou.
Por enquanto, não há previsão de retorno do jovem às atividades públicas. O caso segue sendo monitorado por órgãos de proteção à infância.
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